Viana do Castelo: Depois de encerradas as passagens de nível, a Câmara reclama agora a electrificação da Linha do Minho

A abertura da Passagem Desnivelada de Além Rio, na Areosa, assinalou o fim do processo de encerramento de todas as passagens de nível do concelho de Viana do Castelo. Na sequência de um fatídico acidente registado em Darque, a REFER e a Câmara de Viana começaram em 2005 a encetar o programa de encerramento de todas as passagens de nível da região, um processo que agora culmina com o fecho da única passagem de nível que ainda estava em funcionamento. Mas o acto acabou por servir para perspectivar o futuro, com o autarca Vianense, José Maria Costa, a mostrar-se confiante de que o próximo passo neste processo seja a electrificação da Linha do Minho, entre Nine e Viana do Castelo.

O Secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, que em Viana do Castelo cumpriu um dos seus últimos actos públicos no cargo, confirmou que este é um projecto que já estava previsto para ser alvo de concurso público, mas diz que a decisão cabe agora ao próximo Governo. O Secretário de Estado sublinhou ainda o excelente trabalho de parceria que foi possível desenvolver com a Câmara de Viana no âmbito do programa de erradicação das passagens de nível. Recorde-se que em Viana do Castelo foram eliminadas, desde 2005, todas as 24 passagens de nível do concelho, com a construção de 14 passagens desniveladas. O investimento global rondou os 15 milhões de euros. Para encerrar definitivamente o programa falta ainda concluir o restabelecimento viário de Carreço, que deverá estar pronto até ao final do ano.

Fonte: Geice FM

Linha do Vale do Lima

A Linha do Vale do Lima teria sido uma ferrovia, em via estreita (1000 mm), que ligaria Viana do Castelo a Ponte de Lima e à linha de Linha de Braga a Monção, numa extensão de cerca 21 km.
A 28 de Março de 1930, foi aprovada, pelo Decreto-Lei nº 1890 (Plano Geral da Rede Ferroviária do Continente), a construção, em via reduzida, da Linha do Vale do Lima.

As obras de construção foram iniciadas, foi terraplanado o percurso e procedeu-se ao assentamento de material ferroviário, travessas e carris.

A falta de financiamento e a concorrência das rodovias, entre outras, levou à paragem do projecto, ordenado por despacho ministerial de 31 de Dezembro de 1936.O material ferroviário foi vendido a uma empresa espanhola.Desconhece-se se terá existido, dado o avançado das obras, material circulante.O facto é que o comboio numa chegou a circular na linha.

A 22 de Julho de 1962, pelo Decreto-Lei nº4780, a linha é desclassificada do Plano Geral da Rede Ferroviária Continental, libertando, como diz o decreto, de condicionamentos ferroviários as zonas abrangidas pelo traçado daquela linha.